segunda-feira, 19 de outubro de 2009

D. Teresa de Leão


Dona Teresa, uma das filhas ilegítimas de D. Afonso VI. Viveu a sua infância na companhia de sua mãe e do seu avô materno, que a educaram. Viveu também com a sua irmã. Quando tinha apenas 13 anos, casou-se com um nobre borguês chamado D. Henrique. Era francês. Também receberam o condado portucalense, pois D. Henrique tinha prestado inúmeros serviços ao rei de Leão e Castela ao combater os mouros. Só um dos seus inúmeros filhos só sobreviveu um filho varão; D. Afonso Henriques.
D. Teresa, herdou o condado portucalense com a morte de seu marido D. Henrique, em 1112. Atacada pela meia-irmã, D. Teresa viu-se cercada pelo inimigo e obrigada a fazer um tratado (de Lanhoso) para garantir a sobrevivência do seu condado. Ao formar relações amorosas e até uma filha, com um nobre que reinava parte do condado de portucal, e que também tinha relações de amizade com o rei de Castela e Leão, D. Afonso Henriques e outros nobres, revoltaram-se contra D. Teresa, derrotaram-na na batalha de S. Mamede e mais tarde exilaram-na. Ela morreu em 1130.

D. Afonso VI


Nascido apenas como Infante de Portugal, D. Afonso não estava destinado a reinar nem foi preparado para tal, em virtude do herdeiro da coroa ser o seu irmão mais velho, o brilhante Príncipe D. Teodósio. A sua formação foi pouco cuidada, à semelhança dos restantes irmãos, o que se confirma quando D. Catarina parte para a Inglaterra, em virtude do seu casamento com Carlos II, quase sem saber falar inglês.
Ao contrário dos seus irmãos, Afonso passou a sua infância e juventude em Lisboa, num ambiente tenso e mergulhado em preocupações políticas, governativas, militares, entre outras. Com 3 ou 4 anos de idade, atinge-o uma «febre maligna» que lhe afecta o lado direito do corpo e que se repercutirá na sua vida em variados aspectos, desde políticos a familiares e sexuais.Uma doença do sistema nervoso central, pensa-se hoje, talvez uma meningoencefalite, uma doença de foro nervoso, como propõe Montalvão Machado.

Egas Moniz


Egas Moniz, o aio, foi um rico homem portucalense que viveu de 1080 a 1146. Foi a quem Henrique de Borgonha, conde de portucale, confiou a educação do filho, Afonso Henriques, tarefa essa que lhe deu o seu cognome.

A lenda de Egas Moniz

A Egas Moniz terá sido confiada a tarefa de aio (educador) na “criação de D. Afonso Henriques”. Quando em 1127 o rei de Leão, Afonso VII, veio cercar D. Afonso Henriques na cidade de Guimarães, com forças muito superiores, reconheceram os cavaleiros Portugueses que o seu “rei” não poderia resistir-lhe. Foram por isso ter com o rei de Leão, e pediram-lhe que levantasse o cerco, prometendo que D. Afonso Henriques lhe prestaria vassalagem. Por essa promessa ficou responsável Egas Moniz. Como D. Afonso Henriques, por vários motivos, esquecesse a promessa feita pelo seu aio, Egas Moniz foi a Toledo acompanhado pela sua esposa e seus dois filhos, todos os quatro com uma corda ao pescoço, oferecer as suas próprias vidas ao rei de Leão.
Admirado com tão nobre procedimento Afonso VII perdoou-lhe, com palavras de muito louvor. Egas Moniz, com o seu exemplo, ensinou “que a honra vale mais que a própria vida”.